sábado, 25 de maio de 2013

Súbito

Vejo em meu rosto uma lágrima escorrendo até o pescoço e a vontade de largar tudo aumentando. Vontade entrar num carro e dirigir até a rodovia mais rápida, pisar no acelerador até o final para chegar na velocidade máxima e fechar os olhos por 5 segundos, apenas pra sentir o perigo e testar a sorte. Talvez o azar esteja no fato de algo tão doce ter se tornado amargo, tão de repente. Aconteceu algo que não pode ser explicado e nem definido, pode ser que, justamente, essa falta de definição seja o que amedronta, pelo menos à mim; devido a necessidade de todo e qualquer ser humano de ter tudo definido. Com a música no ultimo volume, quero cantar junto, mas parece que o som não sai da minha boca por culpa minha, já que não quero ser ouvida, não agora. Mas quero um colo onde possa escorrer minhas lágrimas e elas não se acumularem no queixo fazendo dele uma goteira. Quero o colo para que as lágrimas nem mesmo cheguem as bochechas, que sejam absorvidas pelo tecido da calça que você veste. Quero que elas, as lágrimas, sejam secas por você, pelo jeito que achar que deve, mas que faça. Assim como quero poder secar as suas, quando preciso, com beijos, e fazer o possível para que nada te atinja. O "querer" é tão grande que as vezes a certeza do que se quer, simplesmente, foge.

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