quinta-feira, 3 de abril de 2014

dia a dia

Sinto sua falta. Meu coração dói durante as 24 horas do dia. Eu evito falar com as pessoas, porque sempre mencionam você. O meu choro é a minha principal companhia, principalmente durante a noite, e é o único som que escuto depois de uma tarde silenciosa. As lágrimas me visitam nos momentos mais inesperados. O meu ânimo pra fazer as coisas é quase nulo. Quando o dia começa, eu já quero que termine. As coisas que faço não compartilho com ninguém, ficam apenas guardadas dentro de mim. Concentração? É algo que não tenho mais, porque a minha cabeça tá sempre longe tentando encontrar respostas, soluções ou você. Eu carrego comigo um sentimento de culpa por algo que eu ainda não descobri o que é; um sentimento de dúvida ou talvez seja angústia, não sei ao certo o que; um sentimento de decepção, uma frustração, ou pode ser só uma tristeza profunda.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

B LH

Sempre ouvi o velho clichê de que a ''vida é como uma caixinha de surpresas'', mas nunca levei a sério. Sempre é assim, não levamos a sério ou não achamos possível, até acontecer com a gente. Hoje vejo que isso é verdade e é a mais clara, e possível, definição de como é a vida. É como se a gente estivesse sentado naqueles carrinhos de montanha russa -serei mais radical- chegamos lá em cima, no ápice de tudo, ao mesmo tempo tudo vai bem: família, estudos, trabalho e amor, mas quando menos se espera, o carrinho tem que terminar de dar a volta para completar os 360° que gira, então nos vemos na parte de baixo. Parece que quando uma das coisas citadas vai mal, todas as outras são puxadas, por mais que você tente jogar algumas para o carrinho de cima, para continuarem lá em cima, para que pelo menos algo se salve, parece que nada adianta. Você não pode segurar. Não é sendo pessimista e falando que quando uma coisa tem que dar errada, ela vai dar errada, isso é lei de Murphy... Na pratica vi que isso, realmente, acontece. E parece que quando se está nesses momentos tudo passa a ser relacionado ao que está errado, a música que você escuta é sobre o que você está triste ou tem tudo a ver com que fez com que você ficasse triste. De repente tudo o que você olha, toca ou cheira lembra quem te fez mal, mas que antes fazia bem (ou ainda faz), então, tudo isso que o destino joga na nossa vida bem nesse momento -desgraçado- certo, faz você ficar rodeada de lembranças. Mas, quanto mais você tenta esquecer, mais se lembra e quem é esquecida é você.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Um último soluço

Uma frustração enorme por dentro e junto dela um vazio que corrói, mas ao mesmo tempo preenche meu peito. Uma angústia que faz eu me perguntar até quando vou aguentar guardar isso dentro de mim. Uma melancolia que bate de repente que me traz a amargura, a dor e a solidão. As lágrimas escorrendo e encharcando o pijama que visto, num choro silencioso, fazem com que eu queira desistir. Cansada desses sentimentos que me dão trégua, mas sempre voltam, me pergunto se tenho forças para continuar. Será que é possível você ver em meu rosto uma expressão que passe à você tudo o que eu sinto? Será que você faz que não vê ou não se importa? É um vazio tão grande em mim que sinto como se pudesse ver através do meu corpo, mas você faz que não nota a frustração que parece preencher o vazio que na verdade quem causa é você.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O que não se quer...

Mais uma vez o sentimento de angústia e raiva, se misturavam em seu peito e ela nem sabia mais sobre os seus sentimentos com relação a ele, coisas que antes eram muito bem esclarecidas. Na tentativa de lavar a alma, entrou debaixo do chuveiro de uma vez, na água fria, com a tentativa, também, de cair na real, voltar pra realidade, voltar a fixar os pés chão, para com a idealização. As lágrimas, (ah, as lágrimas) como já eram de costume, estavam lá, mais uma vez, escorrendo em seu rosto e não havia ninguém para seca-las e nem ouvir o choro silencioso. Ficou com vontade de ficar ali, trancada no banheiro, ouvindo nada e nem ninguém, ouvindo apenas o barulho da água do chuveiro que caia e escorria em seu rosto se misturando com as lágrimas. Queria ficar trancafiada. Será que era ela que estava errado, mais uma vez? Ou estava exigindo do outro uma coisa que ela não era? A única coisa que ela pensou foi que talvez estivesse errando tanto que nem sabia mais o que era certo. Em seu peito, a raiva e angústia davam lugar pra um sentimento que interpretava as atitudes e como conclusão encontrava o desprezo existente. Aí sim, ela se sentindo pior que o nada, por mais que soubesse que não era. Será que era mesmo isso que estava acontecendo? Era o descaso, o desprezo mais uma vez? Quando terminou de lavar a alma, saiu do banheiro, de toalha mesmo, com o corpo ainda úmido, e foi até a varanda acompanhada da fiel companhia que tinha, o seu cigarro. Dessa vez a reflexão aconteceu olhando o trânsito totalmente parado, com um cigarro atrás do outro e chorando sem parar, com suas lágrimas escorrendo até o parapeito da janela.

sábado, 25 de maio de 2013

Súbito

Vejo em meu rosto uma lágrima escorrendo até o pescoço e a vontade de largar tudo aumentando. Vontade entrar num carro e dirigir até a rodovia mais rápida, pisar no acelerador até o final para chegar na velocidade máxima e fechar os olhos por 5 segundos, apenas pra sentir o perigo e testar a sorte. Talvez o azar esteja no fato de algo tão doce ter se tornado amargo, tão de repente. Aconteceu algo que não pode ser explicado e nem definido, pode ser que, justamente, essa falta de definição seja o que amedronta, pelo menos à mim; devido a necessidade de todo e qualquer ser humano de ter tudo definido. Com a música no ultimo volume, quero cantar junto, mas parece que o som não sai da minha boca por culpa minha, já que não quero ser ouvida, não agora. Mas quero um colo onde possa escorrer minhas lágrimas e elas não se acumularem no queixo fazendo dele uma goteira. Quero o colo para que as lágrimas nem mesmo cheguem as bochechas, que sejam absorvidas pelo tecido da calça que você veste. Quero que elas, as lágrimas, sejam secas por você, pelo jeito que achar que deve, mas que faça. Assim como quero poder secar as suas, quando preciso, com beijos, e fazer o possível para que nada te atinja. O "querer" é tão grande que as vezes a certeza do que se quer, simplesmente, foge.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Vivendo

Deitados ali naquele colchão de solteiro que costumava ficar no chão e o qual eles dividiam a um tempo,após cada beijo, as palavras pareciam saltar de sua boca, pois saiam precipitadas. Costumavam também ficar deitados um de frente para o outro admirando as expressões de ternura que faziam, sem se quer perceber, e de repente os olhos ficavam fixados por um tempo e parecia que o mundo em volta havia ficado mudo. Quando voltava do transe Renata mesmo olhando em volta, sentia como se o resto do mundo não estivesse ali. A bagunça que ela encontrava no quarto, já parecia fazer parte dela, Renata nem ligava mais pra isso. Tais coisas pareciam besteiras diante daquilo que estava vivendo. O cheiro do quarto era algo que ela não havia apenas se acostumado, como também havia passado a gostar, já que parecia uma mistura do seu cheiro com o de Manoel. Ela sempre reparava que as coisa que ela espalhava pelo quarto continuavam, até a próxima vez em que ela fosse pra lá, no mesmo lugar, como o copo com água que sempre deixava sobre a cadeira que ficava ao lado da cama e na semana seguinte ele estava no mesmo lugar. Parecia que aquele quarto só tinha alegria, só tinha vida, quando os dois estavam juntos dentro dele. Renata era sempre doce e dizia meiguices à Manoel, era doce a todos os momentos, devido a sua carência e o sentimento que preenchia o espaço vazio que costumava existir. Ria com todo o coração das brincadeiras e das cocegas. No fundo gostava até das discussões, que aconteciam dentro daquele quarto, por besteira. Bem no fundo, até as coisas que eram feitas com o propósito de irrita-la chegavam a agradá-la um pouco. Parecia que todas as situações, nas quais os dois corpos estivessem envolvidos na mesma coisa, fazia com que ela estivesse bem. Parecia que ela havia ressurgido como uma outra pessoa, no mesmo corpo, que agora vive e dá oportunidade pro real.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Um sentido sem sentido

As vezes precisamos arranjar algum sentido na vida, seja acendendo um cigarro ou numa latinha de coca-cola com o seu nome -que faz você pensar que tem alguma importância.