domingo, 26 de agosto de 2012
Momento repentino
As vezes me dá vontade de correr 5 km ou sair correndo até não conseguir mais. Uma vontade de acender um cigarro atrás do outro até minha pressão cair ou desmaiar e quando voltar fazer tudo de novo. Uma vontade de pegar o carro e sair sem destino e nem olhar pra trás ou, simplesmente, mudar tudo de lugar dentro da minha casa ou dormir do lado contrário da cama. Talvez mudar os lugares que frequento, as coisas que como, o que compro, o que visto. Mas quando paro pra pensar em todas essas vontades, a vontade de ir te buscar é a que mais prevalece.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Palavras de Tati
"Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing. Gostar aos poucos, gostar analisando, gostar duas vezes por semana, gostar até as duas e dezoito. Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar. Gostar é essa besta desenfreada mesmo. E não tem pensar. E arrepia o corpo inteiro, mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar. Eu gosto de você porque gostar não faz sentido. (...) Permita-se. Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer. Por que se eu esperar, talvez eu não te queira mais. Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte. Por que cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. E me diz que eu preciso de uma camisa de força. Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo. Se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum equilíbrio. Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita-se. Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos."
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Retorno da sintonia
Um abraço e dois corações que batiam como se fossem um só, de uma maneira que eu não conseguia distinguir a quem pertencia cada batimento, parecia que estavam no mesmo ritmo. Um abraço demorado, apertado na medida certa. O toque das mãos. O mesmo cheiro do cabelo que me faz suspirar. O cheiro da pele. Beijos em lugares inusitados me davam a certeza de que era você. Quando ambas quietas, aproveitava a situação para memorizar cada gesto e tentava identificar alguma mania. Pensava que poderia ficar durante horas apenas te olhando, mas logo percebia que não, porque eu não aguentava e precisava tocar-te pra saber que era você que estava mesmo ali. Um toque diferente a todo momento me dava a certeza de que você havia voltado.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Meia noite
Repulsa, uma garrafa de vinho e duas taças. Conversas para manter o que a sociedade classifica como boas maneiras, apenas para evitar o silêncio mórbido. Gestos carinhosos não correspondidos. Apenas você em mente. A fala ''It's kind a dead fish.'', me identifiquei, naquele momento essa era a definição mais perfeita de mim. Mais uma taça. Acende mais um cigarro, por favor. Era tudo o que eu pedia junto da vontade de ter você nos braços mais uma vez. Conversas secas, perguntas respondidas com monossílabas. Minha voz me assustava, o que eu pensava me assustava, parecia um beco sem saída, até que a palavra ''para!'' era a única que eu conseguia soltar e a repetia milhares de vezes. Fechei os olhos por enquanto que víamos o filme, sim, eu estava acompanhada, mas não era você junto de mim. Quis ficar sem enxergar nada por alguns instantes e ficar presa na minha mente, pois era o lugar que eu conseguia te encontrar. O meu mundo parecia ser a única salvação e a coisa menos assustadora no momento. Conversa interessante, era sobre você, sobre ''nós''. De repente, um sorriso no meu rosto, a vontade de ouvir sua voz. Pensamentos indecisos. Dúvidas na minha cabeça, as quais totalmente desnecessárias e um aviso de que estava indo embora.
Excêntrica Segunda-feira
Uma noite, um céu com estrelas, duas pessoas e a cada momento uma nova latinha na mão. Conversas sobre tudo, abertamente. Sinceridade. Um toque. Beijos. Sintonia. O cheiro bom do cabelo que me fazia suspirar. Um certo controle que ao mesmo tempo eu não tinha, tudo acontecia com leveza, nada programado, predestinado talvez. Parecia que todos os meus pensamentos tinham sumido junto com o ar da atmosfera, porque me faltava, e o mundo havia parado. Dois corpos, uma troca de carinho. Perguntas sem respostas exatas. Palavras com ar de advertência querendo proteger e um cafuné com a promessa de não se render ao sono que batia.
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